quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Entrevista com o escritor Edweine Loureiro no Ligados FM

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Saudações, leitores! Junho começa com uma super entrevista que atravessa fronteiras geográficas. Vamos as apresentações: Brasileiro nascido em Manaus e residente no Japão, Edweine Loureiro tem 36 anos de idade e é Advogado, Professor e Escritor. Coleciona premiações em diversos concursos literários no decorrer de vinte anos de escrita, entre eles: Finalista (entre cinco indicados) do Brazilian International Press Awards – Japão (2012), na categoria Destaques Literários; Vencedor do Concurso “Miniconto para Dickens”, entre mais de 450 concorrentes, com o Miniconto Preços – Certame promovido pela L&PM Editores (RS), em Fevereiro de 2012, para celebrar os 200 anos do Nascimento de Charles Dickens; Um dos autores selecionados no II Concurso “Poesia na Biblioteca” (Portugal/2012); Primeiro Lugar no CONCURSO CRÔNICA E LITERATURA - Uberlândia/MG - Prêmio Ferreira Gullar (Outubro de 2011). É autor dos livros: “Sonhador Sim Senhor!” (Editora Litteris, 2000); “Clandestinos” (Clube de Autores e Agbook, 2011); e o recém-lançado “Em Curto Espaço” (Editora Multifoco, Selo 3x4 Microficções, 2012).

O autor Edweine Loureiro

Ligados: Fale um pouco sobre você. 

Edweine Loureiro: Nasci em Manaus, no ano de 1975. Vindo de uma família sem recursos financeiros, aprendi, desde muito cedo, que os estudos eram minha única alternativa de uma vida melhor. E dediquei-me, com afinco, aos livros – que, pelas próprias condições financeiras, eram pouquíssimos. Mas meus pais e meu irmão sempre me apoiaram, acreditando no meu potencial. Com dezesseis anos, entrei na Faculdade de Direito, enquanto me sustentava dando aulas de Literatura em cursinhos pré-vestibulares. Mesmo depois de formado, começando na advocacia, continuei dando aulas. Até que, vendo as dificuldades em minha cidade (Manaus é uma cidade que trata a pobreza, diria, até de forma cruel), resolvi arriscar: após ver um anúncio no jornal, uma bolsa de estudos para o Japão, fiz a prova. Graças a Deus, consegui ser aprovado e vim para cá em 2001, estudar na Universidade de Osaka – após dois anos de Mestrado, e dois anos como pesquisador, formei-me em 2005. Nessa época da faculdade, conheci minha esposa, Nao Yamada, com quem estou casado desde 2005 – essa companheira maravilhosa, nas alegrias e nas tristezas. Depois de formado, decidimos nos mudar para Tóquio, onde trabalhei, por quatro anos, em RH, e agora como professor de idiomas; enquanto vou escrevendo, tentando manter vivo um sonho de infância. 

Ligados: Como e quando aconteceu o seu encontro com a literatura? 

Edweine Loureiro: Eu lia tudo o que me chegava às mãos e sempre tive facilidade de criar histórias, até nas brincadeiras de criança. Aos dez anos, fui presenteado por uma tia – que incentivou-me na leitura – com o livro "O Pequeno Príncipe". Aos quatorze anos, sob a tutela de minha professora de Literatura, uma mineira que muito me ensinou, acabei entrando em contato com a leitura de mestres da Literatura Nacional, como Machado de Assis e Aluísio de Azevedo, e mundial, Emile Zola – sempre fui um apaixonado pela corrente realista-naturalista. Posteriormente, comecei a dar aulas de Literatura em cursinhos pré-vestibulares; a paixão pela escrita foi crescendo e, aos vinte e cinco anos, publiquei meu primeiro livro, “Sonhador Sim Senhor!” (2000). Outra paixão que me influenciou bastante rumo à literatura foi o Cinema: quando assisti a “Sociedade dos Poetas Mortos”, tive a certeza que o queria fazer na vida era: escrever. 

Ligados: Existe algum escritor que te inspira na criação dos seus textos? 

Edweine Loureiro: Na criação, propriamente, não. Mas aprendo, todos os dias, lendo as obras de mestres como: Machado de Assis, Ernest Hemingway, Garcia Márquez, Vargas Llosa, Junichiro Tanizaki, somente para citar alguns desses grandes autores, que tanta beleza e reflexão trouxeram a nossas vidas. 

Ligados: Você foi premiado em cerca de quarenta concursos literários no decorrer de sua carreira. Existe algum mais especial, ou fica difícil escolher em meio a tantos? 

Edweine Loureiro: Prefiro dizer que todos são de uma importância fundamental para pavimentar a estrada de meus sonhos. Claro, há aqueles de um destaque maior, caso do Brazilian International Press Awards, ao qual fui indicado no início de maio – pelo fato de ser um reconhecimento aos esforços de tantos brasileiros que, diariamente, lutam para promover a imagem positiva de nosso país no exterior. Mas, sim, considero todos os prêmios, até aqui recebidos, de igual importância, e tenho grande carinho por todos eles.

Ligados: Você possui três livros publicados. Poderia nos fornecer detalhes sobre as obras? 

Edweine Loureiro: O primeiro livro, "Sonhador sim senhor!", foi uma pequeníssima novela (de apenas 24 páginas, quase beirando o conto), que publiquei em 2000. Após isso, publiquei em várias antologias, mas, individualmente, voltei a publicar somente em 2011, quando, após participar da oficina virtual do Desafio dos Escritores, publiquei um livro de crônicas – "Clandestinos" –; um livro, para mim, de uma importância especial; pois, através de sua venda, consegui fazer doações às vítimas dos terremotos no Japão – teve uma função social, essa obra, e isso me deixou muito feliz. Nesse período, continuei participando de concursos, e, em abril de 2012, publiquei meu terceiro livro, pela Multifoco, selo 3x4, intitulado "Em Curto Espaço" – um conjunto de minicontos, gênero no qual tenho me especializado, desde 2007. 

Ligados: É membro de alguma academia de letras? 

Edweine Loureiro: Sou membro de duas Academias, das quais tenho muito orgulho, pelo carinho com que ambas me acolheram, em 2011, como membro-correspondente: a Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências (Arraial do Cabo, RJ) e a Academia de Letras de Nordestina (Nordestina, BA). 

Ligados: Recentemente você foi indicado ao Internacional Press Awards, entre os cinco maiores destaques literários no Japão. Acredita que novas oportunidades lhe surgirão a partir de então? 

Edweine Loureiro: O prêmio tem uma grande repercussão entre as comunidades brasileiras residentes em três países (Japão, E.U.A e Inglaterra), e ser indicado, entre tantos talentos, num grupo de cinco escritores, já é um grande reconhecimento a um artista – e esse reconhecimento, claro, deixou-me extremamente feliz. Se novas oportunidades surgirão? Tomara que sim (risos). Mas acho que o mais importante é continuar escrevendo, trabalhando duro, enfocando na obra – o futuro, acredito, dependerá sempre do quanto você trabalha e planeja seus passos.

Ligados: Você já recebeu críticas a respeito do seu trabalho? Se sim, elas o ajudaram no amadurecimento literário? 

Edweine Loureiro: Já, muitas; e acredito que todo artista tem que estar preparado para recebê-las. Agora, o mais importante é filtrar: o que for construtivo, aproveita-se, e o que não for, descarta-se. E segue-se escrevendo... 

Ligados: Possui algum projeto no “forno”? 

Edweine Loureiro: Dois: um livro de micropoemas e, outro, de contos. Ambos ainda estão em fase de elaboração. Enquanto isso, vou participando de certames literários, escrevendo e amadurecendo as ideias; além de divulgar o livro "Em Curto Espaço", recém-lançado. 

Ligados: Gostaria de dar algumas dicas para os novos autores? 

Edweine Loureiro: Perseverança e humildade: ter consciência de que escrever é um trabalho árduo que deve ser feito até o último dia de vida. Não descansar sobre as glórias, não se desestimular com os percalços e, como disse, certa vez, Vargas Llosa numa entrevista, “morrer com uma caneta na mão”.

Perguntas rápidas: 
Autor(a): Machado de Assis;
Ator(Atriz): Al Pacino;
Banda: Nirvana;
Música: “Construção” (Chico Buarque); 
Filme: Sociedade dos Poetas Mortos.

Links na internet: 
Facebook (Edweine Loureiro): http://www.facebook.com/edweine.loureiro
Twitter (@Edweine): https://twitter.com/#!/Edweine

Links dos seus produtos nas lojas online: 

Ligados: Considerações finais. 

Edweine Loureiro: Eu quero agradecer ao Ligados FM e, em especial ao amigo Thiago Jefferson, por essa maravilhosa oportunidade da entrevista. E um grande abraço a todos os meus familiares e amigos, no Brasil e no Japão – país que me acolheu tão bem. E dizer que, no mais, continuo escrevendo, trabalhando e sonhando por uma vida melhor: para todos. Muito obrigado, realmente. E, claro, uma mensagem final: leiam! Pois somente os livros podem transformar o mundo.


Extras
Lista completa de premiações do autor até o presente momento: 

Finalista (entre cinco indicados) do “Brazilian International Press Awards” – Japão (2012), na categoria Destaques Literários. 

Vencedor do Concurso “Miniconto para Dickens”, entre mais de 450 concorrentes, com o Miniconto Preços – Certame promovido pela L&PM Editores (RS), em Fevereiro de 2012, para celebrar os 200 anos do Nascimento de Charles Dickens. 

Segundo Lugar – Categoria Conto – no 3° “Concurso Legislativo de Caçapava do Sul” (RS). 

Um dos autores selecionados no II Concurso “Poesia na Biblioteca” (Portugal/2012). 

Primeiro Lugar no “Concurso Crônica e Literatura” - Uberlândia/MG - Prêmio Ferreira Gullar (Outubro de 2011). 

Segundo Lugar no I “Concurso Literário Oficial de Nordestina” (Bahia). 

Selecionado na 16ª e 17ª Edições do Projeto “Um Poema em cada Árvore”, em Governador Valadares (MG), com o Poema Alegria. 

Outorgado o Certificado de Neófito da Ordem, no “Prêmio Aluísio de Almeida”, com o Poema Imigrante. 

Selecionado para publicação na 32ª Edição da “Revista Samizdat”, com o conto intitulado Coletivo. 

Selecionado, em Dezembro de 2011, para a “Antologia Internacional Indrisos” com o poema em Inglês – September; representando o Japão. 

Selecionado para a Antologia no VII “Prêmio Valdeck Almeida de Jesus” – 2011 (Bahia). 

Classificado em Nono Lugar no XVII “Festival Sertanejo de Poesia” (FESERP) – Prêmio Augusto dos Anjos, na Paraíba (Dezembro/2011). 

Vencedor do Sexto “Desafio dos Escritores - Categoria Crônica”, do núcleo da Câmara dos Deputados em Brasília. 

Selecionado (entre os 50 melhores, segunda fase) para participar da Antologia “Fliporto” (em Pernambuco). 

Selecionado nas categorias Poesia e Micropoesia no “Concurso Letras no Palco” (Alagoas, 2011). 

Um dos Autores Selecionados para as Antologias: “Sala de Cirurgia” e “Letras aos Corvos”, da RHS Editora (Tocantins). 

Selecionado no “Concurso de Minicontos” da Geração Editorial (Novembro 2011). 

Vencedor do Melhor Conto – Mefisto entre livros – no 7° “Desafio dos Escritores” – Julho/2011. 

3º Lugar em Minicontos no 7° “Desafio dos Escritores” – Novembro/2011. 

3º colocado na categoria Nanocontos, do 3º “Concurso de Minicontos do Estronho” (Junho de 2011). Também oitavo lugar, no mesmo concurso, na categoria Minicontos, com Cisne Negro. 

3º. Lugar - Sexto “Concurso On-Line do Grupo de Poetas Livres” (Santa Catarina, Junho de 2011) - com o poema Terremoto. 

Terceiro Lugar no “Desafio de Verão da Literatura de Câmara”, Categoria Conto (Fevereiro de 2011). 

Segundo Lugar no “Primeiro Concurso Literário Sempre Mangueira” com o Texto Brazil Cabra Da Peste - Dezembro/2010. 

Segundo Lugar no I “Concurso Internacional De Poemas Interfaces Culturais”, com o Poema Tempos Modernos. 

Premiado com a Melhor Crônica - Clandestinos - no 5º “Desafio dos Escritores” - Literatura de Câmara - em Julho de 2010. 

Medalha de Ouro no “Concurso De Poesias e Crônicas Francisco Luzia Netto” - Primeiro lugar na categoria Crônica com o texto Água Viva. 

Primeiro Lugar no 5º “Festival de Santa Lucia” - Categoria CONTOS/ ADULTO, com o texto Água viva. 

1ª Menção/ Categoria Crônica - IX Concurso Literário “Prêmio Cleber Onias Guimarães” 2009/ Conselho Comunitário de São Paulo. 

Terceiro Lugar no IV “Concurso de Contos de Cordeiro” (2008) - Troféu Machado de Assis. 

Prêmio Especial do Júri, recebendo o Troféu Lygia Fagundes Telles, no III “Concurso de Contos de Cordeiro”. (Dezembro/2007). 

Menção Honrosa no III Concurso de Crônicas “Prêmio Moacyr Scliar” – Dezembro de 2008. 

Menção Honrosa - I “Concurso Simplicíssimo/O Pensador Selvagem de Minicontos” (Marco/2008) com o texto A Morte Visita O Enxadrista. 

Menção Honrosa (Short Script Contest "Filmmakers Magazine" - 2001). 

Primeiro Lugar em Fevereiro 2007 no “Concurso de Minicontos da Andross”. 

Selecionado no I Concurso "Olhares na Noite" - e 9º Lugar na Votação Final - com o conto Amor E Castigo (Mar. 2010). 

Um dos 30 classificados (27ª posição) no 2º “Concurso de Minicontos do Estronho e Esquésito”. 

Finalista no III e V Concursos “Poesiarte” (2009 e 2011), obtendo, respectivamente, 20ª e 16ª posições.


Autor: Thiago Jefferson - Criação: 01/06/2012 - Objetivo: www.ligadosfm.com

Entrevista com o escritor Marcos Monjardim no Ligados FM

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Marcos Monjardim nasceu em 1979 na cidade de Brasília-DF, mas atualmente reside em Natal-RN. Formado em Psicologia pela UFRN, trabalha como Servidor Público, e ainda encontra inspiração para se dedicar a produção literária nas horas vagas. Publicou em Maio de 2011 o seu romance de estréia “Peregrino”, lançado pela editora carioca Multifoco.

O autor Marcos Monjardim

Ligados: Quando e como surgiu o interesse em escrever? 

Marcos Monjardim: Comecei a escrever ainda no segundo grau. Foram as primeiras redações... eu gostava delas. Depois comecei a escrever por vontade própria, pelo simples prazer. Ria sozinho imaginando as cenas. Mas, era apenas escrever por escrever. Levaria anos até que eu tivesse a ousadia de me imaginar escrevendo um livro.

Ligados: O seu estilo literário se baseia no fantástico, e existe sempre ação e aventura em suas tramas. O que o fez tomar gosto por esse tipo de literatura? 

Marcos Monjardim: O primeiro livro que li completo foi “Vinte mil léguas submarinas”, de Júlio Verne. Isso foi por volta de 1990. Mas, foi através das obras de Marion Zimmer Bradley que começou minha paixão pela leitura. Em especial, “A dama do Falcão”. No livro ela descrevia com maestria a protagonista controlar a mente de um falcão e todas as sensações de compartilhar com a ave o momento da caça. Acho que foi aí que fui fisgado por esse mundo. 

Ligados: Poderia nos falar um pouco sobre “Peregrino”? 

Marcos Monjardim: Peregrino é um épico medieval ambientado em um mundo ficcional. A história gira em torno da contenda de dois personagens que saem de sua terra natal em uma jornada que poderá mudar todo o mundo conhecido. Um caminha com a fé de que os deuses guiam suas ações, o outro que tem que lutar por aquilo que o destino lhe predestinou. Acho que podemos dizer que a trama gira em torno de uma pergunta: o que está disposto a fazer por aquilo que acredita?

Ligados: Thiers, o protagonista do livro, é uma homenagem a um falecido amigo de infância. Qual a sensação de imortalizar a memória de uma pessoa tão especial em sua vida através da escrita? 

Marcos Monjardim: É justamente esse o motivo que torna o livro tão especial para mim. Esse amigo morreu quando eu ainda tinha sete anos. Não pude ir ao seu enterro, mas, no colégio foi plantada uma mangueira em sua homenagem. Todos os dias enquanto estudei no colégio, durante o intervalo, eu ia visitar a árvore. Os anos se passaram, me mudei para Natal e me disseram que um raio havia matado a mangueira. Enquanto escrevia Peregrino, ouvindo Biquíni Cavadão, lembrei que essa era a banda que Thiers mais gostava e que havia sido ele a falar dela para mim pela primeira vez. Lembrei-me da árvore que havia morrido... Resolvi, então, fazer a minha homenagem, como você diz, imortalizando-a. Descobri, após o lançamento de Peregrino, que a mangueira continua viva e frondosa na entrada do colégio. Achei até uma foto na internet. 

Ligados: Como tem sido o reconhecimento do público a respeito da sua obra? 

Marcos Monjardim: As críticas que fazem, giram em torno, principalmente, dos erros que a editora não revisou, apesar de ter dito que o faria. Há também algumas passagens que gostariam que fossem mais detalhadas. Essas questões já foram resolvidas para a segunda edição que deverá ter mais páginas que a edição lançada pela Multifoco. Mas, graças a Deus, até hoje não recebi nenhum retorno de pessoa que não tenha gostado do livro. Já tiveram pessoas que acharam a história surpreendente e que não conseguiram imaginar o final, que tiveram vontade de matar Enoque, que adoraram o Jonas e que se emocionaram com a história de Thiers. E, o mais surpreendente, uma pessoa disse ter tido vontade de provar sakiah. Fiquei imaginando como Rowling deve ter se sentido ao receber questionamento dos seus leitores sobre a cerveja amanteigada. É através desse retorno que a gente consegue mensurar como a história que a gente escreveu consegue tocar o outro. E aquela história imaginada, que eu sonhava sozinho, vai se tornando pouco a pouco um sonho coletivo. 
...Isso não tem preço!

Ligados: Você realizou um Book Tour do livro “Peregrino”, que consiste no envio de um exemplar para alguns blogueiros literários interessados em ler e resenhar a obra, que é repassada para os demais logo em seguida. Apesar de ser um bom negócio para a divulgação, o Book Tour atingiu suas expectativas? 

Marcos Monjardim: No começo fiquei frustrado, pois houve menos pessoas inscritas do que eu esperava. Mas, o carinho com que a obra foi recebida pelas integrantes supriu toda e qualquer expectativa e me deixou muito satisfeito. Todas foram unânimes em lamentar os erros que a editora deixou passar, e a maioria disse não ter atrapalhado a leitura. Em geral avaliaram bem o livro e aguardam a segunda edição e a continuação. 

Ligados: Ainda na literatura, você participou de um concurso de contos organizado pelo escritor Raphael Draccon, autor da trilogia Dragões de Éter, e teve dois textos entre os cinco melhores. Conte-nos como se sentiu ao receber a notícia da seleção. 

Marcos Monjardim: Fiquei muito satisfeito. Ainda mais quando se está iniciando. Eu ainda não tinha lançado Peregrino e estava inseguro. Por mais que você acredite no que escreve, é sempre angustiante não saber como vão receber o seu texto. Saber que os dois textos que eu escrevi conseguiram ficar entre os finalistas me deixou entusiasmado. O melhor de tudo foi poder conversar com o Draccon. Ele é um escritor e uma pessoa formidável. Ajudou muito a mim os seus conselhos. 

Ligados: Possui algum projeto no momento? 

Marcos Monjardim: Terminei a revisão da segunda edição de Peregrino e do meu segundo livro: Os Filhos da Intenção (Eu chamava antes de “O Presente das Águas: Os Filhos da Intenção”, mas, por sugestão de amigos, resolvi mudar). Enquanto que Peregrino é um romance ambientado em um mundo fictício, Os Filhos da Intenção tem sua trama no mundo atual e, ao contrário de Peregrino, há magia envolvida. Para mim, os personagens são muito mais complexos. O novo livro fala de um rapaz que acorda em uma praia sem se lembrar de nada e, aos poucos, vai descobrindo quem é, e que os Elementais da Água, chamados no livro de Aquadines, presentearam-no com o “dom elemental”. Ele passa não só a ter poderes, mas percebe-se envolvido em uma guerra invisível e de grandes proporções, que põe em risco não só a sua vida e de toda humanidade, mas também a sua existência. Já enviei o livro para registro na Biblioteca Nacional e quando recebê-lo, poderei enviar à (às) editora(s). No momento estou trabalhando algumas ideias para começar a escrever a continuação de Peregrino.

Ligados: Qual a dica que você deixa para quem está começando? 

Marcos Monjardim: Procure a opinião sincera sobre o seu texto. Não busque o que quer ouvir, mas o que precisa ouvir. Esteja aberto a críticas, mas saiba fazer um balanço do que realmente pode aproveitar para o seu crescimento e para a melhoria do seu texto. Sempre registre sua obra na Biblioteca Nacional antes de enviá-la para avaliação e, na hora de procurar uma editora, pesquise bem. Há muita editora picareta, tem editora que não trabalha com a linha editorial que o seu livro se destina, e, principalmente, tem editora que pode até publicá-lo seja de forma independente ou não, mas que não tem um bom sistema de distribuição e marketing. Resultado: O autor vai ter que suar muito para que o livro chegue ao leitor. Graças a Deus, existe a internet e os blogs literários para ajudar na divulgação. 

Perguntas rápidas: 
Autor(a): George R. R. Martin;
Ator(Atriz): Morgan Freeman;
Site: Sedentário & Hiperativo;
Banda: Paralamas do Sucesso;
Música: You Got a Friend;
Filme: My Life.

Links na internet: 

Ligados: Deseja encerrar com mais algum comentário? 

Marcos Monjardim: Obrigado pelo espaço. E para o leitor que ainda não leu Peregrino e deseja fazê-lo, ainda restam alguns exemplares nas livrarias Nobel (em frente ao Hospital Walfredo Gurgel) e Siciliano (Saraiva – no Shopping Midway Mall), ambas em Natal-RN. São os últimos exemplares dessa edição. A nova edição só deverá acontecer no segundo semestre do ano que vem ou em 2014. Então, aproveitem. 
Grande Abraço!


Autor: Thiago Jefferson - Criação: 18/05/2012 - Objetivo: www.ligadosfm.com