domingo, 1 de setembro de 2013

A Divina Comédia (da Formiguinha) Humana.

Citação de nomes que desenvolvem a produção da literatura infantojuvenil potiguar no Blog 101 Livros do RN. Compartilho abaixo.

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“A natureza criou o tapete sem fim que recobre a terra. Dentro da pelagem deste tapete vivem todos os animais respeitosamente. Nenhum o estraga, nenhum o rói, exceto o homem”.
Monteiro Lobato

Os primeiros livros direcionados ao público infanto juvenil apareceram no século XVIII. Escritores como La Fontaine e Charles Perrault escreviam suas obras, enfocando principalmente os contos de fadas. Com o tempo essa vertente literária foi ocupando seu devido espaço e apresentando sua importância. Com isto, muitos autores foram surgindo, como Hans Christian Andersen e os irmãos Grimm. No Brasil, Monteiro Lobato ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo de livros infantis, que constitui aproximadamente a metade da sua produção literária.
No Rio Grande do Norte, a produção infanto juvenil vem se desenvolvendo bastante nos últimos anos, com uma produção digna de status nacional. Autores como, Salizete Freire Soares, José de Castro, Monalisa Silvério, Carol Vasconcelos e Thiago Jefferson Galdino, são nomes representativos dessa literatura no estado.
O Professor Marcos Medeiros, escritor polivalente, autor de onze livros, antenado como universo literário, estreia nesta área (com uma obra de aspecto ético-didático-pedagógico relevante, levando em conta também que o autor é Doutor na área de Biologia), dando uma contribuição acentuada ao universo da literatura infantil no estado.
Confabulações em Cordel: A Formiguinha Perdida é uma fábula; gênero narrativo que tem origem no Oriente, mas que foi particularmente desenvolvido por Esopo, autor que viveu no século V a.C., na Grécia. Por meio dos diálogos entre os bichos e das situações que os envolviam, ele procurava transmitir sabedoria de caráter moral ao homem. Assim, os animais, nas fábulas, tornam-se exemplos para os seres humanos. A obra narra a história de uma formiga que invade um lar por conta da devastação do seu habitat natural, causada pelo homem. Aborda também a importância da conservação do meio ambiente, dentre outros aspectos sociais, tudo de uma forma lógica e dinâmica.
Marcos Medeiros reconhece (com justiça) a importância desse gênero na literatura, juntamente com o cordel, tornando a leitura muito criativa e divertida. Ao escrever “A Formiguinha Perdida”, o autor incentiva a formação do hábito de leitura na idade em que todos os caracteres se formam, isto é, na infância, muito embora a obra seja para crianças de todas as idades. Vale ressaltar a beleza gráfica do trabalho com capa e ilustrações belíssimas feitas pelo poeta Alexandre Souza.
Neste sentido, “A Formiguinha Perdida”, é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, as emoções, e os sentimentos de forma prazerosa e significativa gerando um momento propício de prazer e estimulação para a leitura. Em linguagem simples e atraente, a fábula da formiguinha perdida conquista imediatamente todos os seus leitores dos oito aos oitenta anos.

Por: Thiago Gonzaga.